Em relatório publicado pela Oxfam – Organização não-governamental que combate a pobreza no mundo – esta a informação de que o "etanol brasileiro é o mais favorável biocombustível do mundo". O relatório entiulado "Uma Outra Verdade Inconveniente" critica o planejamento e fomento da produção de biocombustíveis nos países ricos.
Segundo o relatório, a substituição de combustíveis tradicionais por biocombustíveis levou mais de 30 milhões de pessoas à pobreza. Além disso, não contribuiu em nada no combate das mudanças climáticas e fez com que o preço dos alimentos subisse, o que também atinge mais os países pobres.
O autor do relatório, Robert Bailey, criticou os países ricos por disponibilizarem altos subsídios e incentivos fiscais para apoiar sua própria produção de biocombustível. "Os países ricos gastaram até US$ 15 bilhões no ano passado para apoiar seus próprios biocombustíveis ao mesmo tempo em que impedem a entrada do etanol brasileiro, que é mais barato e que é muito menos prejudicial para a segurança alimentar global e para o meio ambiente", disse.
O relatório da Oxfam diz: "Embora a produção de etanol brasileiro esteja longe de ser perfeita e apresente vários problemas sociais e de sustentabilidade ambiental, este é o mais favorável biocombustível no mundo em termos de custo e equilíbrio de gases do efeito estufa".
O documento ainda diz que o biocombustível dos EUA é muito dependente de combustíveis fósseis, representando "um dos piores" equilíbrios entre gases do efeito estufa e uso de energia.
O relatório pede à União Européia que cancele a meta de fazer com que 10% dos transportes usem biocombustíveis até 2020. A Oxfam acredita que a meta da UE pode multiplicar as emissões de carbono 70 vezes até 2020 por causa da mudança na utilização de terra.
